Segundo o presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Leonardo Euler, dificilmente o leilão da rede 5G no Brasil vai acontecer ainda este ano. Os testes de conveniência de frequência com a televisão parabólica foram paralisados por conta da pandemia do coronavírus, o que adiou os planos. “Estamos trabalhando [para realizar o leilão] no primeiro semestre, na melhor das hipóteses, no primeiro trimestre”, destacou Euler.
O presidente da agência afirmou que testes de campo ainda serão feitos e não descartou a possibilidade de usar as frequências do 4G para o 5G. Os protocolos para uso de espectro pré-existente para que as operadoras possam se antecipar já foram estabelecidos.
“O início do 5G no Brasil não depende só do edital, empresas já têm o instrumento necessário, seja na faixa de 700 MHz, de 1.800 MHz ou na banda H (2,1GHz)”, declarou.
Por outro lado, Márcio Novaes, presidente da Associação Brasileira de Rádio e Televisão (Abratel), voltou a defender que todos os serviços de satélite da banca D migrem para a banda Ku, liberando a faixa de 3,5 GHz para o celular. “Teríamos um único trabalho, não teríamos que ter o trabalho de mitigar a interferência e, aí sim, migrar”, justificou.
O próprio Euler já havia declarado recentemente que esta pode ser a opção mais plausível, já que os filtros testados não se mostraram eficientes. Até que os testes de campo sejam feitos, porém, uma decisão oficial não deve ser tomada.
Enquanto as fabricantes de smartphones já lançam modelos com 5G, a tecnologia ainda parece longe de chegar ao Brasil.
Fonte: Olhar Digital, escrita por Guilherme Preta (editada por Cesar Chaeffer)