IBM, Flex e Flex Institute of Technology (FIT) anunciaram nesta sexta-feira (11/12) um acordo de colaboração para o lançamento do Centro de Soluções de Telecomunicações para 5G. Localizado nas instalações da FIT em Sorocaba, no interior de São Paulo, o espaço está interconectado com o IBM Client Center em São Paulo.
O centro, que utiliza arquiteturas abertas, como o Open Radio Access Network (Open RAN), em um ambiente simulado para as empresas testarem suas inovações, é focado em projetos de pesquisas e testes para ajudar tanto as operadoras de telecomunicação quanto as indústrias a avaliarem formas de impulsionar tecnologias de nuvem híbrida aberta em redes móveis 5G na América Latina
Neste ambiente, as empresas podem codesenvolver protótipos e referências baseados em Open RAN para maximizar o benefício das redes abertas 5G em vários setores, como agronegócio, transporte, saúde, serviços públicos, varejo e financeiro.
Também é possível cocriar casos de uso e estudos baseados em redes abertas, desagregadas e definidas por software, utilizando soluções baseadas em Red Hat OpenStack Platform, Red Hat OpenShift e tecnologias de nuvem híbrida da IBM; ter acesso a uma rede global de inovação e conhecimento para troca de experiências; implementar MVP (Produto Mínimo Viável), bem como avaliar o retorno de investimento, e focar no desenvolvimento de novos conjuntos de habilidades para fomentar a inovação e novas descobertas em redes abertas 5G e Open RAN.
A Algar Telecom, empresa de telecomunicações e TI do Grupo Algar, é a primeira a participar de estudos "fim a fim" com Open RAN no centro. A empresa tem realizado provas de conceito e testes de avaliação para comprovar a viabilidade de outras soluções de telefonia móvel avançadas que irão acelerar a adoção da internet 5G no Brasil.
A expectativa é de que, com a chegada do 5G na América Latina, importantes investimentos em tecnologias móveis sejam impulsionados, abrindo novas possibilidades de uso, sobretudo para as companhias. Só no Brasil, segundo a International Data Corporation (IDC), a tecnologia deve proporcionar US$ 23 bilhões (cerca de R$ 116,3 bilhões) no segmento B2B até 2024.
Em um artigo publicado no site da IBM, Joshua New, executivo de Políticas de Tecnologia da empresa, escreveu que “estamos em um momento decisivo na história da tecnologia, pois as decisões que tomamos hoje sobre como construir redes 5G terão um impacto sem precedentes na transformação dos negócios. Para garantir que esse impacto seja positivo e para desbloquear todo o potencial do 5G, essas tecnologias devem contar com interfaces abertas e tecnologias de nuvem baseadas em código aberto. Resumindo, o 5G deve ser ‘aberto’ para que um grupo diversificado de fornecedores possa competir para desenvolver os produtos mais inovadores, seguros e econômicos”.
Fonte: Época Negócios